domingo, 5 de dezembro de 2010

Manter em ordem as prioridade traz felicidade

Faz muito tempo que não posto, por que ando sem tempo: igreja, trabalho, mestrado, ONG, casa, família...
É a correria, se deixarmos ela nos aprisiona.
Na vida moderna, o tempo é escasso, já não parece suficiente para tudo o que temos a fazer.
Vivemos num redemoinho de afazeres, por isso devemos cuidar para que, fazendo tudo, não nos esqueçamos de viver.
Mas, talvez o problema não esteja na quantidade de coisas que temos a fazer, e sim na importância que damos a elas, sem discernir o que é o melhor para aquele momento.
Deve ter sido por isso que Jesus diante das irmãs, Marta, envolvida com os serviços domésticos, e Maria, sentada aos pés Dele, quando solicitado por Marta para mandar Maria ajuda-la, disse-lhe que Maria havia escolhido a melhor parte, e Ele não tiraria isso dela.
As coisas, os afazeres, são apenas parte de nossas vidas, portanto devemos saber priorizar, para cada momento, o que é melhor.
Fico pensando quantas vezes será que escolhemos a melhor parte em nossas vidas.
Entre a louça para lavar, e o filho que quer conversar, o que escolhemos?
Entre uma boa conversa, entremeada por risos, com o marido, ou a bronca por ele ter deixado de fazer alguma coisa, com qual ficamos?
E assim vamos vivendo, sem nos dar conta de que o tempo passa, as coisas ficam, e no final de tudo a melhor parte, o que realmente tem valor, é justamente aquilo que menos cuidamos: os relacionamentos, seja com o marido, os filhos ou os amigos.
Pensamos que eles sempre estarão lá para nós, mas o tempo passa, as pessoas mudam, e o amanhã é sempre uma incógnita.
Para não errar, é importante sempre nos perguntarmos: será que as escolhas que temos feito hoje são as melhores? Será o modo como temos vivido é o melhor?
Hoje, aos 46 anos, quando olho para trás, vejo que pelo menos no que é mais importante, as minhas escolhas foram acertadas.
Minha preocupação com os princípios de Deus e dedicação com o Seu serviço, fizeram-me galgar as conquistas que desejei, e algumas que nem imaginava.
O tempo que dediquei aos meus filhos e o empenho em ter a confiança deles enquanto cresciam, resultaram na amizade, companheirismos e fidelidade que hoje eles me dedicam.
O amor desinteressado pelo meu marido e a preocupação em fazê-lo feliz, renderam-me um casamento feliz e um homem apaixonado, que não mede esforços para me fazer feliz. E sempre consegue.
O cuidado e preocupação que dediquei as pessoas, apesar de algumas decepções, forjaram amigos que permaneceram ao meu lado, sempre prontos a me ajudar.
Em fim, não acredito que tenha escolhido certo todas às vezes, mas sei que sempre desejei fazê-lo, por isso fui bem sucedida na maioria delas.
Por isso, se eu pudesse te dar um conselho hoje seria: não gaste tanto tempo com as coisas, invista nas pessoas, e seja feliz!