quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Descobrindo o verdadeiro amor em qualquer tipo de relacionamento


Nestes últimos dias, em função de várias situações com as quais me deparei, parei para refletir melhor sobre o verdadeiro amor, e percebi que temos muitas distorções sobre este assunto.
A principal destas distorções diz respeito àquilo que pensamos sobre as pessoas que estão ao nosso lado. Costumamos fantasiar que se há algum tipo de ligação, não apenas no aspecto romântico, mas também de parentesco ou amizade, o amor está presente.
Mas, ao generalizarmos a situação, perdemos o foco do que é ser humano. Ser humano é, antes de tudo, ser imperfeito. Isto significa que ainda que o seu seja um amor verdadeiro, o outro pode não ser maduro o suficiente para saber lidar adequadamente com seus próprios sentimentos. Assim, qualquer diferença entre os dois, e vamos convir que há muitas diferenças, é motivo para que ele se deixe levar pelas emoções negativas e transforme o sentimento que nutre por você em qualquer outra categoria que não o amor.
Isso não seria difícil de perceber se estivéssemos atentos, pois quando as palavras não são verdadeiras, elas não condizem com as atitudes.
Em meio a essa reflexão, atentei para uma lição de Jesus, que por muito tempo passou despercebida por mim, e noto que isso ainda ocorre para a maioria das pessoas.  Jesus nos ensina que não devemos julgar ninguém, pois para sabermos como uma pessoa é por dentro basta olhar os seus frutos, ou seja, suas ações. Nenhum ser humano é capaz de dissimular o que sente o tempo todo, assim, mais cedo ou mais tarde, as ações começarão a revelar os verdadeiros sentimentos.
Aquele famoso “eu te amo, mas...”, que sempre vem acompanhado de algo que dificulta o relacionamento, como: “eu não fiz (ou fiz) isso, porque você...” ou “o problema é que você...”, ou “não fiz por mal, foi você que...” Não importa o que aconteça, o outro sempre culpa você, não importa quem agiu, o outro sempre o responsabilizará pela atitude. E desta forma, o relacionamento continua  indefinidamente, sempre porque, na realidade, você está amando pelos dois.
Este tipo de relacionamento só existe porque você o mantém sozinho, e com certeza, também sofre sozinho.
Essa pessoa, provavelmente, está ao seu lado apenas para receber tudo o que você pode dar, mas jamais estará pronta a retribuir quando você precisar.
Muitos não sabem por que chegam à maturidade amargos. Ora, esse tipo de relacionamento realmente só trás amargura, pois nele não há troca. E sem troca, nenhum relacionamento pode produzir felicidade.
Relacionar-se é, basicamente, aprender que algumas vezes devemos dar, mas em outras precisamos receber.
Quando você não age assim, está encarcerando o amor.
Penso que a famosa frase “Se você ama alguém, deixe ir! Se voltar é seu, se não voltar, nunca foi seu”, é uma versão das palavras de Jesus “Quem não é comigo, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha”.
Se Jesus, que pregou o amor o tempo inteiro, disse isso, como podemos ignorar e obrigar o outro a conviver conosco, usando como pretexto o amor?  O verdadeiro amor liberta e “lança fora todo o medo”, como diz a bíblia!
Se você ama verdadeiramente, não tenha medo! Experimente estabelecer os seus limites e deixar que os outros partam se quiserem!
Mas, esteja preparado para de longe, enxergar os verdadeiros sentimentos deles.
Use o amor que você sente por eles como um escudo que o protegerá da decepção que na maioria das vezes irá sentir, por não ver em muitos deles tristeza, mas pelo contrário, certo alívio, e até alegria por poder, livremente, expressar aos outros o que sempre sentiu e pensou de você: muito mal.
Entretanto, algumas vezes, você vai ter a grata satisfação de ver que alguns voltam, não porque querem algo de você, mas porque desejam estar com você.
Quando isso acontecer, você terá recebido algo muito especial: a certeza de um verdadeiro amor.
E saiba que apenas um amor verdadeiro, trás muito mais alegria, do que uma multidão de falsos.
A hipocrisia é destrutiva, mas o verdadeiro amor constrói uma trilha que conduz ao sucesso!
Dê liberdade àqueles que você ama e seja feliz!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Enfrentando a inveja

No post anterior comentei sobre a ingratidão e vou dar continuidade falando sobre a inveja, já que esses dois sentimentos, tão nefastos, costumam ser companheiros.
A inveja, especificamente, provavelmente é o sentimento mais difícil de ser assumido. 
Encontramos a explicação para isso na própria definição do termo: segundo o Novo Dicionário Aurélio “Inveja é o desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Um desejo violento de possuir o bem alheio”.
É vergonhoso para qualquer ser humano assumir que a alegria, a conquista, a prosperidade do outro lhe cause tristeza, porque isso denotaria uma enorme falta de caráter. Em outras palavras: é feio demais.
Então como reconhecer um invejoso? Basta observar aqueles que estão sempre apontando as falhas dos outros, mais especificamente, aquele que sempre critica quem está em evidência, ou se destaca por qualquer motivo.
O mais triste neste sentimento tão vil, é que ele vai aparecer, ou pelo menos ser notado por você, apenas nas pessoas muito próximas.
E quando digo próxima, não me refiro apenas aos vizinhos ou colegas de trabalho, mas aos amigos e até familiares.
Parece exagero? Talvez só porque você não queira enxergar, ou porque já ouviu tanta crítica, que acabou se convencendo que não é bom o bastante para merecer o que conquistou.
A maior arma deste tipo de pessoa é a acusação das mais variadas: você é uma pessoa ruim, difícil de lidar, egoísta, arrogante, autoritária...
Mas, se você prestar atenção ao que pessoas emocionalmente sadia dizem a seu respeito, provavelmente ouvirá coisas do tipo: você é uma pessoa segura, não cede às exigências egoístas, sabe impor limites, é centrada, conhece suas qualidades e defeitos, é competente, sabe liderar, é uma conquistadora... São essas qualidades todas que os invejosos não são capazes de suportar!
E a boa notícia é que você não está sozinha, mas muito bem acompanhada com pessoas como Davi, o Rei de Israel, e o próprio Jesus Cristo.
No caso de Davi, o seu irmão mais velho não foi capaz de se conter, quando ele, com apenas 16 anos, não entendeu porque nem um dos homens bem treinados do exército de Saul, se dispunha a lutar contra um gigante do exército inimigo. Eliabe acusou Davi de ser presunçoso e ter um coração mal, apenas porque invejava a sua coragem. Qual foi a atitude de Davi? Não deu a menor importância, e “desviou-se” dele, ou seja, o evitou. Como consequência de sua coragem ganhou a luta, e por fim tornou-se rei.
Com Jesus a situação foi ainda mais difícil. Além das pessoas de sua convivência em Jerusalém, sua cidade natal, seus próprios irmãos (carnais) zombaram dele por não acreditarem em quem ele era. E o que Jesus fez? Ele simplesmente se afastou de sua parentela. “Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes e na sua casa” foram suas palavras.
Essas palavras nos ensinam muito, pois é o próprio Senhor declarando que não devemos esperar que aqueles que nos são mais próximos valorizem o que temos de especial.
Creio que se seguirmos o modelo de Jesus, sem esperarmos reconhecimento daqueles que nos são mais preciosos, e seguirmos em frente, muitas vezes nos afastando dessas pessoas que querem nos desestimular, também seremos vitoriosos.
Quem sabe consigamos até que, ao final da vida, eles não apenas reconheçam o nosso valor, mas estejam entre aqueles que nos seguem, como aconteceu com Jesus? A vitória nos espera, caminhemos rumo a ela.